Presidente da FENASERA aposta no fortalecimento dos sindicatos
Presidente da FENASERA aposta no fortalecimento dos sindicatos
Com uma longa trajetória de militância na vida social e política, José Walter Alves Junior assume a presidência da Fenasera, nossa federação nacional, com o desafio de fortalecer os sindicatos da categoria em todo o Brasil. Presidente do Sinsafispro, sindicato do Rio de Janeiro, e funcionário do CREA – RJ, José Walter descobriu cedo, em associação de moradores, que lutar em favor de uma causa era a possibilidade de construir alternativas para pessoas que, sozinhas, jamais alcançariam seus propósitos.
Em 1982, quando ingressou no CRECI - Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Rio de Janeiro, mal sabia que enfrentaria uma longa batalha jurídica ao ser demitido irregularmente, como muitos na categoria são até hoje, sem o devido processo administrativo. José Walter lutou e conseguiu sua reintegração ao Conselho, mas por melhores condições de trabalho, no ano de 2000 mudou-se para o CREA – RJ - Conselho Regional de Engenharia e Agronomia. Oito anos antes, no entanto, ajudou a fundar o Sinsafispro.
Como novo presidente da Fenasera, José Walter tem claro que a federação é alvo de críticas por ser considerada distante da base. Por isso, quer aproximar a entidade da categoria por meio dos sindicatos filiados. “Queremos ser pautados pelos sindicatos. A Fenasera precisa se fortalecer e para isso tem que fortalecer os sindicatos”. José Walter pretende criar mecanismos como reuniões periódicas com os presidentes dos sindicatos e visitas às bases, principalmente àquelas menos estruturadas. “Vamos fazer um diagnóstico da categoria em cada canto do País e agregá-la à nossa luta”. José Walter explica que alguns sindicatos estão melhor estruturados que outros, que precisam do apoio da Fenasera para se fortalecerem.
Esse trabalho passa também pela posição que a Fenasera assume diante do cenário político atual. “Somos cutistas e apoiamos as bandeiras da CUT, as ideias de cidadania, ética e inovação, agregando nossa militância ao movimento sindical”. Para José Walter, a Federação precisa exercer o poder da informação. “A sociedade está contaminada, as pessoas não sabem exatamente o que está acontecendo. Temos a obrigação de informa-las, pois a crise que o Brasil vive hoje é moral. As massas estão sendo manipuladas principalmente pelos grandes meios de comunicação. Por isso, é nosso papel abrir os olhos do povo, do trabalhador, da categoria em defesa da democracia e contra o golpe”.
Por esse papel que a Fenasera deve exercer, cabe bem a teoria do educador Paulo Freire: "A liberdade, que é uma conquista, e não uma doação, exige permanente busca. Busca permanente que só existe no ato responsável de quem a faz. Ninguém tem liberdade para ser livre: pelo contrário, luta por ela precisamente porque não a tem. Ninguém liberta, ninguém se liberta sozinho, as pessoas se libertam em comunhão."
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